IMPRENSA
Secretário esclarece polêmica sobre vacinação e pede responsabilidade na divulgação das notícias
O secretário municipal da Saúde de Arapongas, Moacir Paludetto Júnior, criticou nesta terça-feira (08) a notícia divulgada pela Comissão Especial de Investigação (CEI) da Assembleia, segundo a qual em vários municípios, inclusive Arapongas, pessoas teriam sido vacinadas contra a Covid-19 com CPFs de pessoas mortas. “Esse é o tipo de notícia que infelizmente atinge o trabalho das equipes de vacinação e tenta denigrir os profissionais que atuam na linha de frente de combate à Covid. A CEI e os próprios veículos de comunicação precisam apurar melhor esse tipo de coisa antes de sair por aí propagando notícias inverídicas e confundindo a população”, afirma o secretário.
No caso de Arapongas, segundo ele, já havia uma investigação interna aberta por ordem do prefeito Sérgio Onofre para tratar desse fato. “Ocorre, no caso de Arapongas, que foram emitidas listas prévias nas UBS de acordo com a faixa etária para termos uma base de quantas pessoas seriam vacinadas. Os nomes dos vacinados eram marcados nessa lista, manualmente, para no final do dia serem incluídos no sistema. Como na época estávamos vacinando os mais idosos, algumas dessas pessoas já haviam falecido. Porém, quando da inclusão no sistema, o servidor responsável acabou cadastrando a lista inteira e não apenas os nomes marcados como vacinados, gerando esta confusão”, explica o secretário.
Segundo ele, tanto não houve vacina para essas pessoas que não há ficha individual de vacinação, tampouco houve retorno para tomar a segunda dose. “Ninguém se valeria de documentos de falecido para tomar apenas uma dose, o que descarta a hipótese de fraude. Nosso sistema não tem integração com a base de dados de óbitos, daí porque aceitou a inclusão desses nomes”, acrescenta o secretário. Segundo ele, outra prova de que tudo não passou de uma falha cadastral é que todos os nomes constam como “vacinados” na mesma data, 11/02/2021, e são da mesma UBS.
Moacir Paludetto Júnior afirma que se a CEI ou os veículos de comunicação que se apressaram em noticiar o caso já na segunda-feira tivessem entrado em contato com a Secretaria Municipal de Saúde saberiam que um procedimento interno já havia apurado a falha e que o próprio Ministério Público está ciente e acompanhando o caso juntamente com a Prefeitura. “O que nós pedimos é responsabilidade sempre, principalmente quando precisamos das equipes de vacinação e dos profissionais de saúde motivados para enfrentar esse momento tão difícil que estamos atravessando”, finaliza secretário.