IMPRENSA
Sérgio Onofre é contra ao aumentar de salários e, também, de número de vereadores em Arapongas
Sérgio Onofre se posiciona contra aumento no número de vereadores citando momento vivido pelas prefeituras
Em coletiva na tarde desta terça-feira (08), o prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, manifestou-se contra a apresentação da emenda que aumenta de 15 para 17 o número de vereadores no município e também contra o projeto que aumenta de R$ 11.468,25 para R$ 14,3 mil o subsídio dos vereadores. “Respeito o Poder Legislativo, que tem tido um papel muito importante no desenvolvimento de Arapongas. Porém, sinto-me na obrigação de me posicionar contra essa mudança no número de vereadores e contra esse aumento no valor dos subsídios porque tudo isso vem em um momento muito ruim. As vendas estão fracas no comércio, as indústrias estão em dificuldade e a arrecadação das prefeituras vem caindo. É momento de conter gastos e infelizmente essas medidas estão na contramão de tudo o que estamos vivendo”, avalia o Sérgio Onofre.
O prefeito destacou que vem se reunindo com os vereadores toda semana e que já manifestou a sua opinião contrária ao aumento no número de vagas na Câmara, porém sem êxito. “Como presidente da Associação dos Municípios do Paraná, a Amepar, e como presidente interino da Associação dos Municípios do Paraná, a AMP, cargo pelo qual passei nas últimas semanas, tenho mantido contato com prefeitos de todo o estado. A posição de todos os gestores é uma só: neste momento, precisamos segurar as despesas para garantir a folha e os serviços essenciais para a população”, acrescentou o prefeito. Segundo ele, nesse ano, só com ICMS e o Fundeb, que é verba para a educação, Arapongas já perdeu mais de R$ 2,3 milhões, além de outras receitas que estão em queda e que não devem se recompor até o final do ano.
O projeto que aumenta o valor dos subsídios e que deverá ser votado pelos vereadores nos próximos dias propõe reajustes escalonados para os quatro anos do próximo mandato. Assim, além de sair dos R$ 11.468,25 mensais que hoje recebem para R$ 14.335,31 a partir de janeiro de 2025, quando começa o novo mandato, os vereadores passariam a receber R$ 15.052,68 por mês a partir de 2026, R$ 15.804,68 a partir de 2027 e R$ 16.594,92 em 2028. Com o número atual de vereadores e o mesmo subsídio, o custo seria de cerca de R$ 8,2 milhões; com o aumento de vereadores e no subsídio, esse valor subiria para R$ 12,6 milhões, fora os custos adicionais com assessores e outras despesas relacionadas.
Sérgio Onofre, que também foi vereador e presidente da Câmara, disse que o argumento de que o aumento nas despesas está dentro do duodécimo a que o Legislativo tem direito, não deveria ser invocado para defender o aumento num momento de dificuldades para todo o setor público. E aconselha os vereadores a retirarem os projetos para melhores estudos. “Conversem com as entidades, ouçam a população e avaliem melhor antes da segunda e última votação”, acrescenta. O projeto de emenda que aumenta o número de vereadores foi assinado pelo presidente da Câmara, Márcio Nick, e pelos vereadores Zé Maria (PTB), Milton Xavier, o “Toxinha” (PSD), Rodrigo de Deus (Republicanos) e Toninho da Ambulância (PL). O projeto passou em primeira votação, com o único voto contrário do vereador Zé Maria.